FIÉIS DEFUNTOS

FIÉIS DEFUNTOS (02 de novembro)

Neste dia, ressoa em toda a Igreja o conselho de São Paulo para as primeiras comunidades cristãs: “Não queremos, irmãos, deixar-vos na ignorância a respeito dos mortos, para que não vos entristeçais como os outros que não tem esperança.” (1ª Tessalonicenses 4,13)

Sendo assim, hoje não é dia de tristezas e lamúrias, e sim de transformar nossas saudades, e até as lágrimas, em forças de intercessão pelos fiéis que, se estiverem no Purgatório, contam como nossas orações.

O convite à oração feito por nossa Mãe Igreja fundamenta-se na realidade da “comunhão dos santos”, onde pela solidariedade espiritual dos que estão inseridos no Corpo Místico, pelo Sacramento do Batismo, são oferecidas preces, sacrifícios e Missas pelas almas do Purgatório. No Oriente, a Igreja Bizantina fixou um sábado especial para orações pelos defuntos, enquanto que, no Ocidente, as orações pelos defuntos eram quase geral nos mosteiros do século VII; sendo que a partir do Abade de Cluny, Santo Odilon, aos poucos o costume se espalhou para o Cristianismo, até ser tornado oficial e universal para a Igreja, através do Papa Bento XV em 1915, pois visava os mortos da guerra, doentes e pobres.

A Palavra do Senhor confirma essa Tradição pois “santo e piedoso o seu pensamento; e foi essa a razão pela qual mandou que se celebrasse pelos mortos um sacrifício expiatório, para que fossem absolvidos de seu pecado”. (2ª Marcos 2, 45) Assim, é salutar lembramos, neste dia, de que “a Igreja denomina Purgatório esta purificação final dos eleitos, que é completamente distinta do castigo dos condenados”. (CIC – Catecismo da Igreja Católica)

Portanto, a alma que morreu na graça e na amizade de Deus, porém, necessitando de purificação, assemelha-se a um aventureiro caminhando num deserto sob um sol escaldante, onde o calor é sufocante, com pouca água; porém, enxerga para além do deserto a montanha onde se encontra o tesouro, a montanha onde sopram brisas frescas e onde poderá descansar eternamente; ou seja, “o Céu não tem portas” (Santa Catariana de Gênova), mas sim uma providencial ‘antessala’.

“Ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno. Levai as almas todas para o Céu e socorrei principalmente as que mais precisarem”

Amém!

Fonte|: Canção Nova

 

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